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domingo, 3 de abril de 2011

A IMPONENTE ESCÓCIA


Era uma vez...

Lá, onde a natureza emerge em todo o seu esplendor com lindas montanhas verdes e lagos, surge a Escócia com uma superfície de 78.772 km2 e uma população de 4,99 milhões de habitantes. Outrora, o lugar hoje conhecido por Escócia foi habitado principalmente pelos pictos e embora tenha vivenciado os intensos e sangrentos conflitos, o domínio romano nunca conseguiu se estabelecer completamente na maior parte da Escócia.

Então, no século VI, o antigo povo escocês, originário da Irlanda, estabeleceu-se no lugar hoje denominado como Argyll, cedendo seu nome à atual Escócia. A região de Lothian era povoada pelos anglos e os bretões se instalaram na região de Strathclyde, ao norte.


No século IX, algumas regiões da Escócia foram sujeitas a ataques Vikings, tendo sido estabelecido um reino unido da Escócia. As guerras entre a Inglaterra e a Escócia eram freqüentes na Idade Média, mas havia, no entanto, fortes laços entre os dois reinos: vários reis escoceses possuíam terras e títulos na Inglaterra e muitos casamentos entre as famílias reais inglesas e escocesas foram realizados. Apesar de diversos levantes terem fracassado, tais como a derrota de William Wallace em 1298, foi a vitória de Robert the Bruce sobre Edward II da Inglaterra no ano de 1314, em Bannockburn, que assegurou a sobrevivência do Reino da Escócia independente. As duas coroas finalmente uniram-se quando Elizabeth I da Inglaterra foi sucedida, em 1603, por James VI da Escócia (James I da Inglaterra), seu herdeiro mais próximo.


Mesmo assim, na Inglaterra e na Escócia permaneceram organizações políticas independentes durante o século XVII, com exceção de um curto período de unificação imposto durante o reinado de Oliver Cromwell, na década de 1650. Em 1707, optando por uma união política e econômica mais sólida, o parlamento escocês foi dissolvido em detrimento de um único parlamento para a Grã-Bretanha * sediado em Londres e em troca da permanência da Igreja da Escócia e do sistema legal vigente. Em 1745, o neto do Rei James VII exilado, conhecido como Bonnie Prince Charlie, chegou à Escócia para reclamar a coroa para o seu pai.


A derrota estrondosa sofrida em Culloden levou o governo inglês a banir exércitos privados, o uso de kilts e gaitas-de-foles causando um grande revés no estilo de vida dos Highlanders. No sul, após um período de prosperidade, veio a sobre-população e a fome que levou à emigração massiva de escoceses para a América do Norte, Austrália e Nova Zelândia. Aberdeen foi a única cidade com notável prosperidade no século XX, devido ao petróleo do Mar do Norte e as descobertas de gás natural nos anos 1970.


As dificuldades econômicas, o desemprego galopante, a despovoação de áreas rurais e as expectativas sociais inferiores a Inglaterra, levaram a um decréscimo de confiança. No entanto, o novo enquadramento constitucional nascido da vitória dos Trabalhistas em 1997, permitiu o estabelecimento do Parlamento Escocês em 1999, após quase 200 anos.


Nesse ano em Julho, competências relacionadas com desenvolvimento econômico, saúde e educação foram transferidas para a administração escocesa.



Edinburgh, a capital da Escócia e tem uma população de aproximadamente 450.000 habitantes. É uma das mais bonitas e elegantes cidades européias. Os seus bairros são separados por parques e jardins e, mais imponente, por encostas escarpadas e colinas relvadas. Este é um cenário espetacular para o Festival Internacional de Edinburgh que ocorre durante 3 semanas em Agosto e Setembro. Em 1124, Edinburgh tornou-se a capital da Escócia e agora, no novo milênio, toma o seu lugar na Europa e no Reino Unido com o novo Parlamento Escocês. A cidade está dividida em duas. A norte de Princes Street fica a elegante neoclássica New Town, construída no final do século XVIII e início do século XIX para melhorar as condições da cidade. A sul de Princes Street, do outro lado dos bonitos Jardins de Princes Street, fica a Old Town, um labirinto de ruas estreitas e becos. A Old Town teve os seus tempos áureos no século XVIII, mas depois foi gradualmente abandonada pelos cidadãos reputados que foram para a New Town. No século XX, a Old Town foi limpa e transformada numa zona fascinante e pitoresca.




Este centro medieval de edifícios relativamente altos desce do Castelo para o Palácio de Holyroodhouse ao longo de uma rua que toma diferentes nomes mas é geralmente conhecida como Royal Mile (milha real). Esta rua tem uma grande concentração de edifícios históricos. Royal Mile compreende 4 ruas: Castlehill, Lawnmarket, High Street e Canongate. A parte mais alta da Royal Mile perto do Castelo, é Castlehill. Os primeiros vestígios do Castelo são de 600 DC e na Idade Média tornou-se numa fortificação impenetrável e residência real dos reis e rainhas escoceses. Crown Square, o pátio principal, foi desenvolvido no século XV. Castlehill oferece vistas fantásticas sobre a cidade. Perto do Castelo fica o Scotch Whisky Heritage Centre. No topo de High Street, fica High Kirk of St Giles, a única igreja paroquial da Edinburgh medieval e também a sede do Presbiterianismo, onde John Knox lançou a Reforma Escocesa. A igreja é por vezes erradamente conhecida como St Giles Cathedral.




A High Street finalmente intersecta Canongate, a última secção da Royal Mile. Como era perto do Palácio de Holyroodhouse, a zona desenvolveu-se como um bairro elegante de moradias. No lado oposto aos portões principais do Palácio fica o novo edifício do Parlamento Escocês. O Palácio de Holyroodhouse começou como a residência para convidados da Abadia, até James IV o transformar em Palácio Real no início do século XVI. O palácio atual data do final do século XVII. Foi a Rainha Victoria que devolveu o toque real ao palácio, como escala nas suas visitas a Balmoral. Este costume tem-se mantido pelos seus sucessores e a atual rainha passa uma pequena temporada todos os anos no fim de Junho. Nos terrenos do palácio ficam as ruínas de Holyrood Abbey. O desenvolvimento da neoclássica New Town é um dos mais destacados esquemas de arquitetura cívica da Europa. Foi construída num impulso criativo entre 1767 e 1840, como um produto do "Scottish Enlightenment".


A New Town foi essencialmente concebida pelo Lord Provost (Lord Mayor), George Drummond. A grande artéria central da New Town é George Street, denominada em honra do rei. Princes Street e Queen Street seguem paralelamente a George Street. As três concentram bonitos exemplos de arquitectura Georgiana. As maiores atrações incluem a National Gallery of Scotland e Princes Street Gardens com vistas únicas para o Castelo e Old Town. Calton Hill oferece também vistas panorâmicas da cidade nos seus relvados sinuosos. O monumento neoclássico ali erigido seria uma réplica inacabada do Parténon.


Highlands Highlands é a parte da Escócia que reflete perfeitamente a imagem romântica que a maior parte das pessoas têm desta nação. A cidade principal é Fort William, que fica na sombra do Ben Nevis, o pico mais alto da Grã-Bretanha. A norte fica uma costa majestosa de Lochs (fiordes) de águas profundas e enseadas de areia branca flanqueadas por montanhas e com as Ilhas Hébridas no horizonte. A oeste de Fort William, pela poética 'Road to the Isles' (estrada para as ilhas), fica Mallaig, o principal ponto de embarque para Skye. Mais para norte fica Ullapool, um dos principais portos das Hébridas Exteriores e a base ideal para explorar o inóspito noroeste. Inverness é a maior cidade da região e a capital das Highlands. Fica no extremo nordeste do Great Glen, que corta na diagonal o sul das Highlands para Fort William, ligando o fundo e misterioso Loch Ness à costa ocidental e dando acesso a Glencoe, um dos mais bonitos Glens (vale estreito) e centro de alpinismo e esqui por excelência.





Inverness, é a maior cidade e principal centro das Highlands com uma população de 42.000 habitantes. Os principais percursos pelas Highlands passam em Inverness em algum momento. A posição da cidade no Great Glen e nas margens de Moray Firth tornaram-na num destino favorito para os turistas que ali chegam no Verão para explorar o Loch Ness e o famoso monstro. A cidade tem o seu encanto, particularmente nas margens do Rio Ness, que corre pelo seu coração ligando Loch Ness a Moray Firth. O Castelo é um edifício Vitoriano avermelhado, construído em 1834. Por baixo do Castelo fica o Museu de Inverness e a Galeria de Arte. Em High Street destaca-se a gótica Town House.





No fim de Church Street fica a Old High Church, fundada no século XII e reconstruída em 1772, embora a torre do século XIV permaneça intacta. Na margem ocidental do Rio Ness, oposta ao Castelo, fica a neogótica St. Andrews Cathedral que data de 1869. Loch Ness é uma das maiores atrações da Escócia. É o lago mais profundo da Grã-Bretanha que se estende por 37 kms desde Fort Augustus no sul até Inverness no norte. O "loch" oferece uma bela paisagem só por si, com colinas majestosas que se erguem verticalmente das suas margens de florestas. Todos os anos chegam centenas de milhares de visitantes para observar o lago e contemplar o mistério originado no famoso Monstro do Loch Ness. Uma grande atividade comercial causada pelo turismo cresceu em redor de 'Nessie', o nome afetivo por que é conhecido o monstro. Todos os Verões, a estrada A82 que segue pela margem ocidental fica carregada de veículos de turistas e até caçadores do monstro. A melhor maneira de ver o "loch" é num cruzeiro a partir de Inverness. Há também passeios de barco que saem de Drumnadrochit e Fort Augustus. De longe as melhores vistas do "loch" são da estrada tranquila e pitoresca que corre pela margem oriental, desde Fort Augustus até Inverness. As atividades comerciais em torno de Nessie centram-se na aldeia de Drumnadrochit, 24 kms a sul de Inverness, onde os locais faturam a popularidade do mito do monstro. Ali coexistem duas rivais Monster Exhibitions e a inevitável loja de recordações. Alguns quilômetros a sul de Drumnadrochit ficam as ruínas do Castelo de Urquhart. O castelo carrega as cicatrizes de séculos de batalhas, mas o seu cenário situado em encostas rochosas na margem do "loch" é magnífico. Foi construído no século XIV e destruído em 1692 para evitar cair nas mãos dos Jacobitas.





Fort William é a principal porta de entrada nas Highlands Ocidentais e é um dos principais centros turísticos do país. Tem 11.000 habitantes e fica no topo de Loch Linnhe, na sombra dos picos brancos do Ben Nevis, a montanha mais alta da Grã-Bretanha. As montanhas em redor de Fort William e os Glens estão entre os mais impressionantes da Escócia e atraem inúmeros montanhistas. Glen Nevis é muito bonito e pode ser reconhecido de filmes como Braveheart e Rob Roy. O forte que deu o nome à cidade foi construído em 1690 por ordem de William III para manter os rebeldes escoceses em ordem. O forte defendeu ataques dos Jacobitas durante as rebeliões de 1715 e 1745,mas foi demolido para permitir a construção da ferrovia. Road to the Isles. A faixa de 74 kms da estrada A830 de Fort William a Mallaig é conhecida como 'The Road to the Isles' (a estrada para as ilhas).

É uma viagem muito bonita, particularmente de comboio através duma paisagem de grande importância histórica. Esta região viu o início e o fim do levantamento dos Jacobitas. Loch Shiel é impressionante e encimado por montanhas majestosas. Na aldeia de Glenfinnan fica o Station Museum, na estação da magnífica ferrovia entre Fort William e Mallaig. No extremo ocidental da Península de Morar fica a aldeia de Arisaig, dispersa numa baía de praias de areia. A estrada a oeste da aldeia, em direção à Península Rhue e é um excelente lugar para observarfocas. No fim da estrada chega-se a Mallaig.




Mallaig, é um porto pesqueiro agitado e o principal ponto de partida de ferry para a Isle of Skye. Não é um lugar excepcionalmente bonito, mas a sua atmosfera cheia de gente à espera do ferry ou do comboio de regresso a Fort William é muito interessante. Mallaig, é pequena e dispersa em redor do porto. Uma das principais atrações é o Mallaig Marine World, um aquário com espécies marinhas locais e com a exibição da história da industria pesqueira. Há também algumas boas caminhadas à volta da aldeia. Uma delas leva-nos a uma colina que oferece um excelente panorama do porto e da Ilha de Skye no horizonte.




Como ir? Edinburgh tem um aeroporto internacional com diversas ligações regulares com o resto do Reino Unido e outras cidades européias. O Aeroporto de Glasgow é contudo, o principal da Escócia e oferece vôos também para a América do Norte. Também há uma boa oferta de charters para destinos mais quentes. A rede de ferrovias e rodovias oferece excelentes ligações entre as principais cidades e o resto da Grã-Bretanha. Existem ligações de ferry com a Irlanda, de Stanraer (no sul da Escócia) a Larne nos arredores de Belfast. Há também diversas ligações marítimas às Ilhas Hébridas. Edinburgh fica a 75 kms de Glasgow, 250 kms de Inverness e 670 kms de Londres.

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