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sábado, 5 de setembro de 2009

O SANTO GRAAL - XXXIV - DIVERSAS OUTRAS REPRESENTAÇÕES

Em artigos anteriores abordamos a figura do Santo Graal sob diversos aspectos; uns possíveis, outros podemos colocar no reino das lendas e alguns colocamos no rol dos bastante polêmicos. Entretanto, não cessa aí o volume das diversas modalidades do Graal que a cada instante é atribuída pelos historiadores e escritores que nos informam e continuarão a informar, acreditamos, que muitos tipos do Graal ainda nos serão apresentados, com suas defesas e seus comentários.
Separamos nesse artigo alguns outros tipos da representação do Graal.
Vejamos.



Diversas outras representações


O Urim e o Thummim


A Senhora Flavia Anderson apresentou uma teoria totalmente nova sobre o Graal no seu livro “O Segredo Antigo”. Neste livro ela reivindica que o Graal é uma redonda bola de vidro cheia de água. Este objeto é guardado em uma arvore servindo como seu esconderijo. Esta hipótese que ela reivindica são os objetos judeus denominados “Thummim e o Urim”. Estes objetos foram feitos para acender os fogos através da luz do sol.
O livro dela mostra como o homem venerou a luz como religião e o fogo feito de luz solar direta, por um cristal ou bola de vidro ou igual, que pensou-se ser santo por muito tempo.
Freqüentemente fogos perpétuos eram mantidos acesos em lugares Santos por virgens que usavam tais métodos. Ela também demonstra quantas metáforas para luz e raios (como a lança e a espada) aparecem ao longo do tempo e novamente nas lendas do Rei Arthur.
Não só isto, mas o Graal é descrito freqüentemente como uma pedra e há referências constantes a uma árvore de Graal como se fosse uma árvore genealógica.
Mais adiante, nas lendas e histórias, vemos que freqüentemente as mulheres eram responsáveis por alimentar as armas de fogo ou mesmo os fogos rituais e por isso, as mulheres são também descritas como guardiãs do Graal nas lendas Arturianas.
Indubitavelmente tais objetos existiram, e é provável que os Judeus na época de Salomão usaram tal objeto.
Uma das teorias declara que objetos desse tipo foram enterrados junto com a Arca da Aliança em uma caverna, em algum lugar da Jordânia. De maneira interessante, as cenas finais de Indiana Jones III são filmadas nas ruínas da cidade de Petra na Jordânia e não no Egito como é reivindicado no próprio filme.



A Alquimia


Acredita-se que a alquimia tenha sido transmitida pelo Egito antigo através dos árabes. A alquimia significava mais do que a ciência, sua prática compreendia uma bem concatenada teia de atividades encadeadas e modos de pensar, da magia à química, da filosofia e hermetismo à geometria sagrada e à cosmologia.
Alquimia foi imaginada durante muito tempo, como uma falsa ciência. A base da alquimia era criar uma pedra que transformaria (ou transmutaria) todos os metais básicos em ouro. Atualmente, é afirmado freqüentemente que alquimia era um código para ensinos espirituais; e é claro, isso foi considerado herético.
Os alquimistas ansiavam por conhecimento e não tinham tempo a perder com antagonismos da Igreja contra as suas experimentações. Eles, então, se ocultaram e continuaram suas pesquisas secretamente.
Para os alquimistas não existia a heresia, enquanto que, para a Igreja não existia um alquimista que não fosse herético; conseqüentemente, a prática da alquimia tornou-se conhecida como “Magia Negra”.
Devido às Caças às Bruxas, na época negra das Inquisições, era necessário escrever em código de alguma forma.
A alquimia com freqüência está por trás dos motivos aparentemente bizarros das construções góticas e era a que aparentava ser o dado mais comum entre a maioria dos grão-mestres do Priorato do Sião.
As catedrais góticas ostentam muitas figuras curiosas, de demônios a Homens Verdes. Alguns, porém, ultrapassam em muito o nosso pensamento: uma escultura na Catedral de Nantes mostra uma mulher olhando para um espelho, embora o reflexo seja, na verdade, o de um homem velho. Em Chartres a escultura da “Rainha de Sabá”, se a olharmos com o devido cuidado, veremos que ela porta uma barba.
Os símbolos alquímicos podem ser encontrados em muitas das catedrais associadas aos Cavaleiros Templários.
O ouro em alquimia é apresentado como sendo a união espiritual com Deus. O metal básico é o “antes” no qual cada homem é o processo de alquimia, e aquela alquimia é um caminho espiritual a Deus.
A pedra dos filósofos foi assim associada com o Graal; por ter a mesma propriedade de unificação com Deus. Deve ser frisado que a pedra dos filósofos não é considerada uma pedra real de qualquer natureza, mas tal como o Graal, é uma metáfora para a fase final de esclarecimento.
Às vezes esta teoria é associada à Esmeralda de Lúcifer, sugerindo que uma pedra real pode existir.


A Lança de Longinus


Em algumas narrativas, uma misteriosa lança com sangue na ponta ou uma lança branca que sangra, acompanha as histórias do Graal.
Alguns dizem que se trata da lança que perfurou o quadril do Rei Pescador, identificada como a lança com a qual o centurião romano Longinus perfurou o lado de Jesus na cruz.
A lenda diz que ela foi elaborada por Finéias, neto de Aarão e transmitida pelo gnóstico Efrem, o Sírio. Saul, enfurecido atirou-a em Davi, e ela foi posteriormente usada por Longinus para perfurar o lado de Jesus e verter sangue e água no Graal.
No livro”The Spear of Destiny” (A lança do destino), Trevor Ravenscroft conta a história da Lança de Longinus, a lança que perfurou o lado de Cristo quando estava na cruz. Ele localiza esta lança na história e especula que ela pode ter estado de posse de alguns das mais influentes pessoas da história, como Herodes “o grande”; Otto “o grande”; Carlos Martel; Carlos Magno; Rodolfo II; e Hitler, que a viu quando menino no museu de Hofburg, em Viena.
O professor de Revenscroft era Walter Stein e uma boa parte do livro se concentra em Hitler e na obsessão dele com o objeto (o Graal). Neste livro o Graal é apresentado como o conhecimento para usar esta lança de algum modo sobrenatural.
No fim da Segunda Guerra Mundial, soldados americanos encontraram a lança e outras insígnias imperiais em uma casamata, num dos muitos túneis existentes sob o Castelo de Nurembergue.
O General Patton foi um dos poucos que viu a lança na época e percebeu seu significado.
Em 4 de janeiro de 1946, o general Eisenhower ordenou que a lança e outros itens fossem devolvidos à Áustria.
No julgamento de Nuremberg, a maioria dos dados sobrenaturais, apresentados como evidência factual, ficou fora do domínio público a pedido de Winston Churchill e outros. Embora cause surpresa para alguns, as questões esotéricas podem ter exercido muito mais influência sobre as ações nazistas alemãs do que se pensava anteriormente. Churchill sabia disso e, durante a guerra, consultou o historiados esotérico Stein para melhor entender esse aspecto do modo de pensar dos alemães.
Nenhuma evidência é apresentada e não há nenhuma referencia de qualquer outra literatura disponível. Simplesmente é declarado.
Existem reivindicações de Ravenscroft que há dois modos para se alcançar o conhecimento; pelo uso de magia negra ou por uma rota muito mais dura de aprendizado que é o abc da magia.
Estas citações particulares são a introdução para Wolfram Von Eschenbach em sua obra: “Parzival”.
Uma vez que este conhecimento é obtido, passa a existir um pouco de poder e a lança pode ser usada para o bem ou para o mal. O uso é determinado pelo método que o usuário ganhou o conhecimento do Graal. Se for usada a magia negra, a lança será usada para o mal, se não, então ele é livre para escolher.
Durante muito tempo, Viena e Nuremberg permaneceram como centros de peregrinação; Viena por causa da lança imperial e Nuremberg por sua reputação como centro do culto do Graal na Alemanha.
No entanto, Rudolf Steiner e Stein, seu aluno, pensavam que Externsteine era o verdadeiro centro.
Esse antigo grupo de rochas, situado em Teutoburger Wald, estava ligado ao solstício de inverno. A árvore sagrada dos saxões, Irminsul – destruída pelo exercito cristão de Carlos Magno - ficava próxima em tempos passados.


A Excalibur encravada em plena rocha

A Espada

Existem, também, algumas associações do Graal na figura de uma espada em vez de uma lança. Temos como exemplo a espada mística entregue a Parzival, que possuía seu cabo confeccionado em rubi; temos a espada sagrada de Tristão; e aqui não poderemos deixar de mencionar a lendária espada Excalibur pertencente ao rei Artur da Bretanha (que segundo consta, jamais foi rei e sim um grande guerreiro que conseguiu unificar as diversas tribos existentes na Bretanha, contra o inimigo comum – os Saxões). Ela era dotada de poderes místicos e que poderia cortar até o aço. Em galês, é conhecida com o nome de “Caledfwich”.

Segundo a lenda foi entregue ao Rei Artur pela Dama do Lago, quando sua espada original foi destruída numa batalha contra o rei Pelinore.

Era de Aquário

Uma fonte crescente de publicações sobre o Graal é a teoria da Idade Nova (ou Graal de Aquário). Esta teoria analisa as lendas Arturianas como caminhos espirituais para Deus. A convicção é que o Graal não é um objeto real, mas a união com Deus ainda na Terra. Assim, o estudo das lendas e da procura pessoal do Graal enfoca achar o Graal interiormente.

Foram escritos muitos livros sobre isto, um notável, escritor é John Matthews, cuja obra é o “Aquarian Gral”. Relata ele, uma teoria em que todo religioso possui um ponto fundamental de verdade comum e que isto é representado melhor pelo símbolo do Graal.
É parte das teorias que o Graal, é um conceito místico ou nível de realização espiritual e não um objeto real.

Devemos lembrar que as histórias do rei Arthur (que inclui o Graal após Cheretien Troyes), foram escritas em um tempo quando muitas das idéias secretas teriam sido consideradas heréticas e perigosas. Na ocasião, a primeira mistura de culturas do leste distante e o oeste estava acontecendo através dos “Knights Templar”.
De fato, Wolfram Von Eschenbach em sua obra sobre o Graal épico (Parzival), descreve um grupo de “knights” que são os guardiões do Graal. Não há nenhuma dúvida que ele está aludindo aos “Templars”.

Os trovadores e contadores de histórias e lendas teriam sido os divulgadores iniciais das religiões, não só da oriental, bem como a ocidental, durante os primeiros tempos; de forma semelhante que para a alquimia, teria sido heresia combinar estes conhecimentos abertamente. Mas a expressão desta união de religiões através das histórias seria uma saída natural e plenamente aceitável.
Finalizando a nossa série de artigos sobre o que poderia ser o Santo Graal, nossos próximos artigos levaremos os nossos amigos, a tomarem conhecimento dos locais onde os historiadores e escritores julgam possa o Graal estar escondido.

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