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terça-feira, 4 de agosto de 2009

SÍMBOLOS ASSOCIADOS À LENDA DE ARTHUR

A história do Rei Arthur e da Távola Redonda é uma das mais fascinantes e misteriosas de todas as grandes histórias da humanidade.
Fruto de quase mil anos de alegorias, fatos históricos, fatos ocultistas, lendas e curiosidades amalgamadas em um conto fantástico que até os dias de hoje gera curiosidade e respeito.
A versão mais conhecida da história do Rei Arthur é uma mistura de diversas outras alegorias e está muito embasada na alquimia medieval e no simbolismo templário.



Falar ou escrever com propriedade e fidedignidade sobre o Rei Arthur é uma tarefa muito difícil, porque simplesmente não existe nada historicamente confiável.
Aliás, Arthur é um herói que nem consta das linhas do tempo nos sites de história. Para suprir esse vazio, abundam as tradições dos antigos trovadores e novelistas que iam de burgo em burgo cantando as proezas heróicas de um grande guerreiro que unificou as tribos bretãs e expulsou os invasores normandos e saxões provenientes do continente europeu no século V de nossa era cristã.
Também se pode dizer que as lendas arthurianas serviram de inspiração para outras versões heróicas posteriores, como a de Carlos Magno e seus cavaleiros (século IX).
E, da mescla de tudo que se cantou (e os heróis realizaram) nos primeiros dez séculos depois de Cristo, surgiram as versões que hoje são conhecidas (portanto, bem distantes dos acontecimentos reais).
Quem quiser saber do verdadeiro Arthur terá que desenvolver excepcionais capacidades de clarividência para poder "ler" ou "ver" diretamente nos registros da natureza.



Seja como for, para os britânicos, Arthur é venerado como o pai de sua pátria, a qual espera seu retorno nos tempos finais para, mais uma vez, salvar a nação dos inimigos.
Efetivamente, a missão cósmica de Arthur e seus cavaleiros foi a de gerar o embrião da Quinta Subraça Ariana.



Quando se trata de heróis e heroínas, elevados à categoria de mitos, nada se pode tomar ao pé da letra.
É preciso ser um iniciado-clarividente para entrar e sair desse labirinto de histórias e lendas que surgem e são gravadas na imaginação popular.
Bem, tudo isso são histórias e lendas. Disso tudo, o importante mesmo é que Arthur fora preparado para cumprir uma missão cósmica, na qual foi bem sucedido, apesar de haver cometido alguns erros, como o adultério com Morkause do qual nasceu Mordred, cuja educação, a cargo de Morkause, voltou-se unicamente para derrubar Arthur do Trono Bretão.

OS SÍMBOLOS
Associados ao personagem Arthur existem uma série de símbolos.


A espada mágica é o primeiro desses símbolos.
Dizem que uma das espadas de Arthur está exposta na igreja mais imponente de Londres, num lugar bem próximo do Altar Maior, num grande bloco de mármore, e, de fato, hoje ali se encontra uma espada; sobre o mármore, uma bigorna de aço, com uma inscrição em letras de ouro que diz:
"Qualquer um que extrair esta espada desta pedra será o rei da Inglaterra por direito de nascimento".

Bem, se isso é verdade mesmo não sabemos, mas nesse lugar existe uma espada forjada por mãos humanas.
Existe ainda uma segunda espada: Excálibor, célebre a partir de Mallory e mencionada por Geoffrey de Monmouth.
É uma espada forjada na Ilha de Avalon, mencionada por Chrétien de Troyes como: " ... a melhor espada que existiu, que corta o ferro como madeira ... "; para alguns é a espada arrancada da bigorna.
No entanto, a espada da bigorna se rompe em um combate contra Pelinor de Listenois. Excálibor aparece tomada por uma mão surgida num lago, por meio de Merlin, que lhe impõe uma única condição: devolvê-la ao lago no último momento - o que de fato ocorreu.
O nome da espada também pode ser uma deformação de Caledfoulch ou Kaledfoulc´h .
Uma das interpretações a identifica como a “dura cortadura”.
Porém, o segundo termo da palavra, bulg ou fulg ou o “duro raio” é que a identificaria com uma espada mágica.



A verdade de Excalibur: "Esta é a espada dos Deuses do Raio da Força".
Ela existe, mas não neste nosso mundo. Sempre que é necessário "limpar o mundo da maldade humana" um dos Deuses do Raio da Força encarna e a Ele é entregue Excalibur.
Esta espada foi forjada pelo próprio Hefestos, no começo do nosso mundo. Terminada a missão, Excalibur sempre retorna ao seu lugar, no Templo dos Deuses do Raio da Força.



Com a espada aparece um tahali mágico, a bainha que preserva quem a carrega de sofrer qualquer ferimento [de fato, a bainha mágica protegeu Arthur durante toda sua vida, exceto na última batalha porque a essas alturas Arthur já havia perdido suas virtudes originais que alimentavam a bainha mágica].




O cão de Arthur chama-se Cabal, já citado por Nennius na Caçada do Javali Twrch Trwyth, um javali devastador e infernal da tradição galesa; acossado por Arthur e seus cavaleiros no decurso de uma caçada, o cão deixa suas pegadas em algumas pedras em Caern Cabal. (Interessante notar o paralelo entre o cão arthuriano e Cérbero, dos 12 Trabalhos de Hércules, que também teve que lutar contra um javali - o javali de Erimantho).

Arthur teve dois cavalos de batalha.
O primeiro era branco e o segundo foi negro, um legítimo cavalo bretão.
Seu escudo se chama Piytwen, que segundo a tradição galesa, podia servir de navio mágico (como o escudo mágico de Perseu).
Sua lança era chamada de Roit.
Outro elemento associado a Arthur é o caldeirão, um recipiente caseiro largo e semicircular que, nos povos celtas, tinha valores mágicos e ritualísticos; os poderes do caldeirão estão intimamente ligados com o Graal.
As tradições celtas atribuem ao caldeirão poderes de transformação e de geração; é o caldeirão da abundância inesgotável.
A qualidade está em função da forma do objeto: a metade inferior de uma esfera.
Tal qual a espada, está vinculado ao Outro Mundo; alude às forças matrizes e primárias da natureza porque seu meio original é o fundo dos mares e dos lagos e porque a água gera e transmite a vida.
Conseguir o caldeirão implica em uma viagem para sua obtenção. No poema galês O Botim de Annwfn’ , Arthur tem que ir buscá-lo no Outro Mundo. Nos mabinogi galeses aparecem caldeirões que devolvem à vida os guerreiros irlandeses mortos [claro que isso tudo é altamente simbólico e iniciático].





Outro mito-chave relacionado a Arthur é a referência à Ilha de Avalon, ilha paradisíaca, na qual os campos dão grãos e árvores sem necessidade de cuidados [isso é verdade, mas esta ilha não está em nosso mundo].
Na época arthuriana, Merlin era o Rei de Avalon e Vivian-A sua esposa e rainha.
Os celtistas aqui se equivocam radicalmente porque não conseguem assimilar a realidade de certos fenômenos presentes em nosso mundo até a época arthuriana.
É para a Avalon [o correto é Av'Lon] que Arthur é levado após a última batalha, e vem a morrer precisamente nos Portões de Avalon nos braços da Dama do Lago, filha de Merlin e de Vivian-A.
Por motivos políticos, os monges da Abadia de Avalon [que nada tem a ver com a misteriosa ilha], incentivados por Henrique II Plantagenet e Ricardo I Coração de Leão, inventaram falsas cartas e “descobriram” em 1119 a tumba de Guinevere e Arthur, para, desse modo, acabar com a esperança do regresso do rei bretão para expulsar qualquer tipo de invasor.

Um comentário:

  1. DE QUE FORMA A LENDA DO rEI ARTHUR AO SER RETOMADA PELA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA REVELA AS NOSSAS HERANÇAS MEDIEVAIS?????

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