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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O SANTO GRAAL XXIII - LIVRO (2)

Em artigos anteriores abordamos a figura do Graal como sendo uma taça ou cálice;
na figura de uma pedra e sob a forma de um livro.
Nessa oportunidade, iremos dar continuidade ao assunto.

O Graal - Livro (segunda parte - final)

Vejamos o que nos diz escritor John K. Young no seu livro intitulado “Locais Sagrados dos Cavaleiros Templários”:
“Nessa história, o Graal é um livro sagrado que contém os segredos de Jesus (Phillips, 1996, p.153). Sabe-se que esse livro existe realmente. O seu texto completo, chamado Evangelho de Tomé, só foi descoberto em 1945, quando camponeses egípcios que estavam perto da vila Nag Hammadi encontraram jarros de cerâmica contendo manuscritos encadernados em couro, escritos em cópico e datado de 400. Um manuscrito era uma coletânea de ensinamentos de Jesus, dos quais alguns já eram conhecidos e incluídos nos Evangelhos canônicos e alguns daqueles que eram novos. Sete versículos desse Evangelho de Tomás não ortodoxo correspondiam precisamente a versículos encontrados em um fragmento de manuscrito descoberto em outro lugar em 1895 e que poderia ser datado do início do ano 150 (Baigent, 1997, p.402; Phillips, 1996, p. 166)”.
“Esse manuscrito representa um antigo documento cristão que em séculos posteriores foi excluído do Novo Testamento ortodoxo pela Igreja. É possível que comunidades cristãs no limiar da influência romana como no País de Gales e na Espanha, tenham mantido esse e outros documentos não ortodoxos secretamente escondidos por muitos anos. O Evangelho de Tomás é uma explicação para a descrição do Santo Graal que está ligado ao rei Artur”.
Algumas pistas desse livro misterioso podem ser conseguidas na Crônica de Helinando, do monge de Froidmont, datada de 1204, ou no “Parsival”, de Wolfram Von Eschenbach escrita em 1207 ou até em “Illustrim maioris Brianniae scriptorum summarium” de J. Bale de 1548.
A Crônica de Helinando começa da seguinte forma:
“Naquele tempo (717-719) um anjo mostrou a um eremita, na Britânia, uma visão maravilhosa do nobre decurião José, que tirou o corpo de Cristo da cruz, e da travessa usada pelo senhor na ceia com seus discípulos. O próprio eremita escreveu a descrição dessa visão, chamada de a história do gradale...”
O “Parsival’, de Wolfram Von Eschenbach escrito em 1207 revela que um astrônomo pagão-judáico, chamado “Fregetanis” teria lido nos astros sobre o Graal e escrito isso na língua pagã (árabe).
No entanto na “Illustrim maioris Brianniae scriptorum summarium” de J. Bale inicia da seguinte maneira:
“Um eremita britânico, de nome desconhecido, nascido em Gales, onde vivia segundo os costumes dos bardos da região, dedicou toda a sua vida ao estudo dos astros e da história, escreveu sobre o ilustre rei Arthur e sua mesa redonda e de toda a sua corte, mas ele mesmo prejudicou a sua fama, ao mesclar tolices com a verdade e segundo conta Vicentius, no “Speculo Historiali” fala muito de José de Arimatéia com um certo Gawan. A obra é intitulada com a uma palavra que desconheço – O Santo Graal, Livro I. Vi fragmentos da obra. Era de acordo com Vicent, famosa no tempo de Ina, rei dos saxões ocidentais, isto é, por volta de 720.”
Analisando as informações acima relacionadas, podemos levantar uma hipótese bastante plausível de que o “Santo Graal” poderia ser um “LIVRO” e porque não? Jesus não poderia ter escrito um livro legando os seus ensinamentos à posteridade? Ou poderia ter solicitado a alguém que transcrevesse o que ele lhe estaria informando (vide as Cartas e os Evangelhos escritos pelos seus discípulos).

Quadro representando o Graal
Vejamos o que Robert de Boron escreve em seu livro “Merlim” (traduzido do francês antigo): “Serei procurado desde o Ocidente e todos os que vierem a minha procura terão jurado a seus senhores matar-me e levar-lhes meu sangue. No entanto, logo que me virem e me ouvirem, perderão a vontade de cumprir seus juramentos. E quando eu for com eles, o senhor se dirigirá para onde habitam os que guardam o Graal, lá o escutarão sempre e conservarão de bom grado o livro em que tanto tem trabalhado. Entretanto este livro não estará revestido de autoridade, porque o senhor não tem autoridade, visto que não pode ser apóstolo. Os apóstolos não meteram em escritos senão o que viram e ouviram de Nosso Senhor, ao passo que o senhor, o que faz é meter no livro o que viu e ouviu por meio de mim. E assim como eu sou obscuro para as pessoas a quem não quero esclarecer, assim seu livro será cheio de segredos e poucos haverá que os desvendarão. Quando eu for com os que vierem me buscar, o senhor levará o livro. Então, os livros de José e de Bron e o seu, quando o senhor o tiver terminado, serão reunidos. E será boa coisa, prova do meu e do seu trabalho. Aqueles a quem agradar serão reconhecidos e rezarão a Nosso Senhor por nós. E quando os dois livros forem reunidos, formarão um belo livro e os dois serão a mesma coisa, só não estarão lá as palavras secretas trocadas entre Jesus Cristo e José, que não posso e nem devo contar”.
“Assim diz Roberto de Boron que este conto relata e assim ditou Merlim que não pôde saber o Conto do Graal (pg,56-57)”.
Os Manuscritos de Nag Hammadí
Os “Pergaminhos do Mar Morto” também conhecidos de “Pergaminhos de Qumran” estão repletos de mistérios e de diferentes interpretações, os mesmos foram descobertos em 1947, tendo os seus trabalhos arqueológicos se estendido até 1956.
A partir de aproximações efetuadas pelos estudos paleográficos e arqueológicos realizados, estima-se que Qumran tenha sito habitada pelos essênios em um período compreendido entre 250 a.C. a 70 d.C., quando teria sido destruída em conseqüência da campanha realizada pelas legiões romanas do Imperador Vespasiano, contra os Judeus.
Entretanto, alguns pesquisadores trabalham com um horizonte de tempo mais reduzido, abrangendo apenas o período de 200 a.C. a 68 d.C.
Apesar de já ter passado mais de meio século de sua descoberta, os famosos pergaminhos guardam muitos mistérios o que vem suscitando toda uma sorte de especulações não só de cunho esotéricos como de sensacionalismo.
Deixaremos que tirem suas conclusões a respeito.
No próximo artigo iremos abranger o Graal sob o ângulo cientifico.

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