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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

O SANTO GRAAL VIII

No capítulo anterior tomamos conhecimento com o “Nascimento do Empreendedor”
e com ele a nossa consciência, o nosso livre arbítrio, o nosso ego se avoluma.
A sede da fama e da fortuna sobrepuja o verdadeiro objetivo da busca,
o apetite do empreendedor não tem limites.
Nesse ponto perguntamos: Onde está a felicidade?
E ele conclui perguntando baixinho: Onde está o amor? Onde está o ser?
É um momento de reflexão para todos nós,
pois a existência do Criador foi esquecida.
A sede pelo conhecimento está presente em nosso ser,
à leitura entra em um terreno escorregadio,
não podemos parar, continuemos com ela.
O que o Mago nos reserva?




O Mago Merlim e o Doador

Quarta Etapa - O Nascimento do Doador

- Com o tempo o ego descobre uma nova noção - acrescentou Merlim. -, ou seja, que a felicidade não repousa apenas em dar, mas também em receber. Esta é uma descoberta importantíssima, pois liberta o ego de muitos tipos de medo. Existe o medo do isolamento, ao qual o completo egoísmo necessariamente conduz. Existe o medo da perda, que surge porque vocês não podem se agarrar a tudo para sempre. Existe o medo dos inimigos, aqueles que querem tomar de você.

“ Ao tornar-se um doador, o ego não precisa conviver com esses medos, pelo menos não tanto quanto antes. Um problema insistente foi resolvido. Mas também existe algo mais profundo em funcionamento. O ato de dar une duas pessoas, a que dá e a que recebe. Esta união dá origem a uma nova sensação de pertencer; não o pertencer passivo do bebê que automaticamente pertence à mãe, mas o pertencer ativo de alguém que aprendeu a criar a felicidade”.

" Dar é criativo, e também vira a perspectiva do ego de cabeça para baixo. Antes de o doador nascer, a proteção contra a perda era extremamente importante. Isso significava a perda de dinheiro e posses, mas também a perda da auto-imagem, a perda da importância. Agora a pessoa abre livremente mão de alguma coisa, mas não sente que perdeu alguma coisa. Em vez disso, o ego sente prazer. Isso é impressionante, porque o prazer de tomar nunca foi assim”.

Galahad parecia pensativo.

- O amor entrou no coração. Essa é a diferença.

- É verdade - disse Merlim.

- Enquanto o ego persegue o interesse pessoal, ele não sente amor. Ele pode sentir um intenso prazer, auto-satisfação ou apego. Esses sentimentos são às vezes chamados de amor, mas na natureza o amor é altruísta, e é preciso um ato altruísta para suscitar o amor. Dar não está limitado a dar dinheiro ou coisas para uma outra pessoa. Existe também o serviço, o dar de si mesmo, e a devoção, a mais pura forma de dar amor." Por todos esses motivos, o nascimento do doador transmite uma sensação nova e libertadora. Embora o ego ainda esteja no comando, ele começou a olhar para fora de si mesmo. Quase todas as pessoas aprendem o prazer de dar quando bem pequenas; a maioria dos pais ensina os filhos a dividir as coisas com outras crianças. No entanto, o verdadeiro nascimento do doador pode acontecer somente muito mais tarde. Enquanto você estiver dando porque lhe disseram para fazê-lo, ou porque você acha que dar é a coisa correta a ser feita, você não sentirá o profundo prazer de dar. Dar precisa ser espontâneo, nascer do sentimento 'É isso que eu quero fazer', e não 'É isso que eu devo fazer' “.

- Quando a pessoa começa a dar, isso é um indício de que o ego está morrendo? - perguntou Percival.

Merlim franziu as sobrancelhas.

- Na alquimia não existe a morte. Nada precisa perecer para alcançar o Graal. Essa antiga noção da morte do ego pressupõe que existam coisas a respeito de vocês que Deus condena.

- Mas você acabou de dizer que o ego é controlador e indiferente - objetou Percival.

- Isso faz parte do plano de Deus para nós?

- O plano de Deus é que vocês encontrem a si mesmos - disse Merlim.

- Vocês não estão simplesmente destinados a atingir uma meta predeterminada. Se vocês quiserem explorar como é ser egoístas, ignorantes, homicidas ou totalmente destituídos de fé, Deus permite todas essas experiências. Por que não deveria Ele permitir? Como vocês não são julgadas, nenhumas das suas ações é boa ou má aos olhos de Deus.

- Mas isso é chocante - declarou Galahad.

- Você está querendo dizer que um assassino e um santo são iguais?

- Eles são iguais se o pecador e o santo forem apenas máscaras que você veste - retrucou Merlim.

- O santo nesta vida pode ser o pecador em outra, e o pecador de hoje pode estar aprendendo a ser o santo de amanhã. Todos esses papeis são ilusões aos olhos de Deus. Não estou dizendo que vocês precisam se obrigar a adotar essa perspectiva. Mas vocês me pediram orientação, e preciso lhes mostrar o que está adiante no caminho.

O Nascimento do Doador merece de nossa parte uma reflexão.

SEGUE...

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