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sábado, 4 de julho de 2009

A MITOLOGIA CELTA

Quando falamos em mitologia celta não devemos nos referir às crenças desse povo como um todo, visto que os celtas possuíam crenças diversas de acordo com a região em que viviam.

A Mitologia celta é fragmentada pelo território que os celtas ocuparam, que é muito extenso, visto que eram um povo guerreiro que ocuparam a Grã-Bretanha e a Europa Ocidental entre os anos 1000 e 400 d.C. chegando até a Ásia Menor.

O que se conhece hoje dos mitos celtas vem em grande parte dos escritores romanos como Júlio César e de monges cristão que eram celtas convertidos que queriam manter a memória das tradições antigas de seu povo.


A Mitologia Celta pode ser dividida em três grandes grupos: Mitologia Irlandesa, Mitologia Galesa e Mitologia Galo-Romana, referentes aos povos que viviam na Irlanda, País de Galês e na Gália respectivamente.
Os povos do País de Gales e da Irlanda também deixaram uma mitologia muito rica e muitas de suas lendas foram escritas durante a Idade Média.


A Mitologia Celta pode ser dividida em três subgrupos principais de crenças relacionadas.

Goidélica - irlandesa e escocesa
Britânica Insular - galesa e da Cornuália
Britânica Continental - Europa continental.
É importante manter em mente que a cultura celta (e suas religiões) não são tão contiguas ou homogêneas quanto foram a cultura romana ou grega por exemplo.




Nossos conhecimentos atuais determinam que cada tribo ao longo da vasta área de influência céltica tinha suas próprias divindades.

Dos mais de trezentos deuses celtas, poucos efetivamente eram adorados em comum.
Povos politeístas raramente se importam em manter seus panteões da forma organizada em que os pesquisadores gostariam de encontrar.


Resquícios Modernos


Os modos e as crenças celtas tiveram um grande impacto na atualidade das regiões em que se encontravam.
Conhecimentos sobre a religião pré-cristã ainda são comuns nas regiões que foram habitadas pelos celtas, apesar de agora estarem diminuindo.

Adicionalmente, muitos santos não-oficiais são adorados na Escócia, como Saint Brid na Escócia (Brigid, na Irlanda), uma adaptação cristã da deusa de mesmo nome.

Vários ritos envolvendo peregrinações a vales e poços considerados sagrados aos quais creditam propriedades curativas têm origem celta.


Templos


Frequentemente se diz que os povos celtas não construíam templos, adorando seus deuses apenas em altares em bosques.

A arqueologia já provou que isto está incorreto, e várias estruturas de templos já foram encontradas em regiões célticas.

Depois das conquistas de Roma sobre partes das regiões celtas, um tipo distinto de templo celto-romano se desenvolveu.


Ritos Celtas
Os primeiros celtas é que não construíam templos para a adoração de seus deuses, mas mantinham altares em bosques de (Nemeton) dedicados a serem locais de adoração.

Algumas árvores eram consideradas elas próprias sagradas.

A importância das árvores na religião celta pode ser mostrada pelo fato que o nome da tribo dos Eburônios contém uma referência a yew tree, e nomes como Mac Cuillin (filho de acebo), e Mac Ibar (filho de yew) aparecem nos mitos irlandeses.

Apenas durante o período de influência romana os celtas começaram a construir templos, um hábito que foi passado as tribos germânicas que os suplantaram.
Escritores romanos insistiam que o sacrifício humano era praticado pelos celtas em larga escala e há indícios dessa possibilidade vindos de achados na Irlanda, no entanto a maior parte da informação sobre isso veio de rumores de "segunda mão" que chegavam a Roma.

São muito poucas as descobertas arqueológicas que substanciam o processo de sacrifício e assim os historiadores modernos consideram que os sacrifícios humanos eram um acontecimento extremamente raro nas culturas Celtas.
Mas havia também, no entanto, um culto guerreiro centrado nas cabeças cortadas de seus inimigos.

Os celtas muniam seus mortos de armas e outros pertences, o que indica que acreditavam na vida após a morte.

Depois do funeral, eles também cortavam a cabeça do morto e esmagavam seu crânio para evitar que seu espírito permanecesse preso.
Nenhuma menção aos cultos celtas pode deixar de descrever os druidas.

Esses sacerdotes representam simplesmente a classe mais ou menos hereditária de xamãs, característica de todas as sociedades indo-européias antigas.

Em outras palavras, eles são o equivalente a casta brâmane indiana ou aos magi persas, e como estes um especialista nas práticas de magia, sacrifício e augurio.

Eles eram conhecidos por ser particularmente associados a carvalhos e trufas; essas últimas talvez usadas na confecção de medicamentos ou alucinógenos.

Outra figura importante na manutenção das lendas célticas era o bardo; aquele que, através de suas músicas, difundia os feitos de bravura dos heróis do passado.

Desse ponto de vista a cultura celta não foi uma cultura histórica - do ponto de vista que não teve história escrita (ainda que os celtas possuíssem formas rudimentares de escrita, baseadas em traços verticais e horizontais).

Suas histórias eram transmitidas oralmente, e os bardos eram particularmente bons nisso já que, uma vez que suas histórias eram musicadas, tornava-se fácil lembrar das palavras exatas que a compunham.

Além disso, eles podem ter sido considerados uma espécie de profetas.

O historiador Estrabo descreveu-os como "vates", palavra que significa inspirado, estasiado.

É bem possível que a sociedade céltica tivesse, além da religião taumatúrgica e ritualística dos druídas, um elemento de comunicação estásica com o Além.

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